REFRÃO DE PROTESTO
Apesar de espalharem por aí
que nós somos livres para ir e vir,
Livres para pensar e dizer o
que sentimos
Sobre as mentiras que temos que ouvir todos os dias,
Nós sempre seremos o que
nascemos para ser,
E jamais seremos outra coisa senão almas rebeldes.
Apesar de espalharem por aí
que nós fazemos parte da classe governante,
O que nós testemunhamos não
condiz com a realidade em que vivemos,
Porque, se assim for, pelo
direito comum,
Nós deveríamos desfrutar dos mesmos privilégios,
E francamente, nenhum de nós
sabe em qual geração será
E quantos restarão para ver
um de nós no último degrau.
Nós sempre somos forçados a
obedecer e julgados
Quando temos que fazer o que nós
não queremos,
Nós somos frágeis como flores
quebrando sob toda estrutura de poder…
E somos as lágrimas e o
sangue que escorre e lubrifica a engrenagem…
E enquanto o eleito do povo
dita as regras mantendo sua voz no controle...
Se divertindo brincando de
ser Deus com o povo,
Toda forma de governar se
transforma em um chicote invisível
Flagelando nossas costas,
E isso é apenas o início de
uma situação terrível e de algo imensurável.
Nós somos perseguidos apenas
por ser o que somos,
E quando tentamos dissipar as
nuvens negras
Que pairam sobre nossas ações,
Quando tentamos trazer um
pouco de luz
Para as nossas mentes obscurecidas,
O perigo surge espreitando
nas sombras usando farda
E armas de contenção para
qualquer tentativa de revolução,
Porque nós somos contidos e vigiados
por toda parte
Por sentinelas e manipuladores da falsa ordem,
Sim, infelizmente a liberdade
é apenas uma doce ilusão para os tolos
Que ainda não perceberam que
estão sempre andando em círculos.
Nós somos o que somos quando
estamos acorrentados,
Mantidos fora do alcance de
toda
E qualquer chance de mudar às coisas para melhor,
Sobrevivemos apenas com o que
temos,
Porque essa é a dura sentença
que recebemos
E o tempo não cicatrizará
facilmente as feridas,
E cada um de nós não poderá
escolher não poderá tentar
Seguir por outro caminho,
E assim todos nós ficamos;
entre espinhos governamentais,
E assim todos nós perecemos
lentamente expostos a tais circunstâncias.
Perdedores, humilhados e
esquecidos…
Assim serão as nossas
crianças no futuro,
Assim foram nosso pai e nossa
mãe,
E assim, hoje, isso é tudo o
que nós somos de qualquer maneira,
Perdedores, humilhados e
esquecidos…
Assim serão as nossas
crianças no futuro,
Assim foram nosso pai e nossa
mãe,
E assim, hoje, mesmo que nós
tentemos ser o que planejamos,
Só fazendo as coisas que
fazemos,
Não conseguiremos mudar o mundo da maneira como desejamos.
Sim, este é um refrão de
protesto,
Este é um refrão para fazer
você refletir,
E quanto as nossas simples
pretensões,
Bem, para não sermos mais
pegos de surpresa o tempo todo,
É melhor não sermos tão
ingênuos, modestos e acomodados,
(Ooh não mais)
Basta olharmos para trás para
podemos ver mais adiante
Qual a única solução,
Uma vez que todos nós estamos
distantes de um mundo perfeito,
Uma vez que todos nós estamos
navegando
Sobre águas incertas e perigosas,
Oh meus irmãos…
Que tipo de futuro nós
esperamos viver?
Afinal de contas, de quantas
razões,
Nós ainda precisamos para desencadear uma reação?
De quantas precisamos ao
menos para tentar?
Nas mãos de uma pobre
criatura de baixa estatura,
Em um discurso infame para o
mundo,
Profere o diabo de sua boca,
Será que algum dia nós
poderemos encontrar
Algum conforto em suas palavras?
Nós precisamos lutar pelos
nossos direitos,
Alguma coisa precisa ser
feita além de tudo o que já foi dito.
Porque quando tentamos e
quando o outro lado se sente ameaçado
E quebra toda e qualquer iniciativa,
Nós iniciamos sempre do zero
tentando sobreviver
Apesar do crescente medo,
E do olhar desapontado para o
futuro ao ver rios de sonhos
E esperanças secarem com o
passar dos anos.
Desejos por mudanças e
sentimentos de esperanças
Dia após dia transformado em cinzas,
Todo o projeto de algo melhor
em ruínas,
Todo mal lá fora soprando ao vento,
Aqui e em toda parte, o
errado agora prevalece sobre o certo
E nada mais faz sentido.
Nós somos taxados conforme a
demanda do egoísmo,
E no prato sobre a mesa o
reflexo do abuso de poder e altos impostos,
A situação é alarmante,
revoltas nas ruas e violência extrema,
Oh Deus! O que será de nós
quando não há mais confiança e decência?
O que será de nós quando tudo
que restar for apenas decadência?
Numa clara reflexão do
momento em que vivemos,
Nós somos vítimas de sanguessugas e canibais,
No reflexo de nós mesmos,
somos apenas pele e osso,
Oh uma visão terrível.
Então cada de um nós tão
certo quanto Deus no céu,
Está caminhando para o fim de
toda e qualquer esperança de luz.
Nós podemos ser muitos,
Mas
muitos também são os que se deram por vencidos
E separados como gados,
Nós somos apenas números
humanos fragmentados
Contidos na base da força
opressora
Que governa o mundo com mãos de ferro e ódio no coração.
Somos a mão de obra escrava
desvalorizada,
Construímos e contribuímos
para o crescimento da riqueza,
E aqui nós nascemos, mas
nenhum de nós ainda teve a chance
De entrar para o testamento,
Aqui nós nascemos e herdamos
apenas falência e miséria,
Aqui nós nascemos e nascemos
para nada.
Em mais uma manhã cinzenta
que chega,
Na fria e constante chuva de
incertezas sobre nossas cabeças,
Alguns nascem para vencer e
outros apenas para sonhar.
A trágica realidade na qual
todos nós vivemos
Encarrega-se do resto registrando
nas páginas de cada dia,
Toda falta de complacência
para com todas as pessoas comuns.
E nós simplesmente seguimos
sendo o que somos
Quando rezamos do nosso modo à procura de uma luz,
Talvez o sino da missão ainda
toque dos sonhos coloridos,
Na esperança de que todos nós
algum dia
Sejamos tratados como deveríamos ser.
Sim, este é um refrão de protesto,
Este é um refrão para fazer
você refletir,
E quanto as nossas simples
pretensões,
Bem, para não sermos mais
pegos de surpresa o tempo todo,
É melhor não sermos tão
ingênuos, modestos e acomodados,
(Ooh não mais)
Basta olharmos para trás para
podemos ver mais adiante
Qual a única solução,
Uma vez que todos nós estamos
distantes de um mundo perfeito,
Uma vez que todos nós estamos
navegando
Sobre águas incertas e perigosas,
Oh meus irmãos…
Que tipo de futuro nós
esperamos viver?
Afinal de contas, de quantas
razões,
Nós ainda precisamos para desencadear uma reação?
De quantas precisamos ao
menos para tentar?
Nas mãos de uma pobre
criatura de baixa estatura,
Em um discurso infame para o
mundo,
Profere o diabo de sua boca,
Será que algum dia nós poderemos
encontrar
Algum conforto em suas palavras?
De autoria de Elvis Alexandre Guedes!
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