LONGE DE TODA E QUALQUER RAZÃO
Ontem, em uma linha de
pensamento tão profunda
Quanto o profundo azul do mar,
Eu podia sentir a pressão esmagando
meu coração,
Era como se eu estivesse a
vinte mil léguas submarinas,
E descendo mais e mais;
Nadando cegamente para dentro
da minha própria profundidade,
Só eu sei o quão perturbador
pode ser;
Tentando encontrar alguma luz
guia um ponto de partida
Por entre as minhas águas
agitadas,
Lutando extensivamente com
todas as minhas forças
Para continuar respirando,
Para continuar tentando, de alguma
forma,
Escapar para uma superfície aparentemente segura.
Lá, dentro, sob o meu
desconhecido,
A lucidez já não estava mais
em mim,
Era assustador, solitário e
não havia como viver,
Parecia que isso duraria para
sempre…
O medo, o desespero e as
lágrimas,
Apenas multiplicam-se, na
medida em que todas as coisas
Ficam cada vez mais complicadas,
Parecia que toda e qualquer
razão para sobreviver
Juntamente, com toda
esperança restante, estava desaparecendo…
Certamente, em um abraço
congelante…
No violento debater da consciência…
E na escuridão sem fim…
E hoje, fora da minha mente,
Longe do perigo do dia
anterior, mas ainda bastante desestabilizado,
Eu tento me agarrar a
pequenas coisas que eu ainda penso que são minhas,
Eu procuro curar minha alma,
acreditando em vão, em quem, eu ainda sou,
E neste intervalo que
antecede o que está por vir,
Enquanto os meus olhos despertam
Desconfiados para um amanhecer estranho,
Através de uma pequena parte
quebrada da janela do meu quarto,
Além da lua à noite,
Eu posso sentir nesta manhã
que chega sem mudanças,
Os primeiros raios do sol
sobre o meu rosto,
Mas meus olhos vêem na parede
branca ao meu redor,
O reflexo de uma luz ofuscada,
Um brilho sem vida como a
vida que eu vivo…
Retrocedendo sempre sob as sombras,
E igualmente gelada e
sufocante como as águas do mar,
Paralisando meus movimentos,
E arrastando-me lentamente
para viver momentos
De silêncio e dor novamente…
Profundamente, drenado por
lapsos momentâneos
Absurdamente angustiantes…
Em sensações cortantes… em emoções
quebradas…
E, sobre cada dia perdido e
esquecido no futuro…
Isso acontece… quando você
perde o rumo,
E, cada pendência que você
deixou no passado,
No esquecimento distante volta,
Colocando abaixo seu castelo
de sonhos,
E todos os seus planos por
algo melhor
Simplesmente caem como folhas
de árvores levadas pelos ventos uivantes,
Você então percebe que toda a
fundação
Foi construída sobre a ilusão
convidativa
E fugaz que serve apenas para a lamentação dos tolos,
Você percebe que o tempo todo
você estava apenas perdendo tempo,
Nadando em círculos, perdendo
o controle de toda e qualquer situação…
Não há mais nada que você
possa fazer, não há mais espaço para questionar,
Você agora está longe de todo
e qualquer razão.
De autoria de Elvis Alexandre Guedes!
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