LÁGRIMAS EM MIM
Lágrimas em mim,
Indício de tristeza à vista,
Eu estou com raiva, sozinho,
sem vida para viver,
E, eu estou com fome,
Sedento, por tudo que a
cocaína pode me dar,
Todo dia e o tempo todo,
Eu demonstro minha
insatisfação,
Eu não quero distância,
Eu apenas quero aproximação,
Eu apenas preciso injetar de
um pouco de alegria momentânea,
Em minhas veias quase mortas
novamente,
Dentro da minha cabeça... Eu
escuto vozes,
Sussurros por toda parte,
enquanto eu tento dormir,
E sinto minhas mãos trêmulas
e gélidas,
Procurando por uma razão…
À procura de uma boa razão,
para novamente aliviar minha tensão,
Tento me controlar, mas é
impossível,
Se a necessidade só cresce e
cresce e cresce,
Queimando mais e mais a minha
alma,
Ooh, eu sei, eu sei, assim
como o céu absorve as nuvens,
Eu preciso disso; eu não
posso ficar sem,
Ooh, eu sei, eu sei, que eu
preciso ir, eu preciso ir... Agora.
Outro dia quebrando o
silêncio,
Outra noite com os olhos compridos,
Outra dose de abstinência,
Outro furo na minha veia,
E outra vez… embarcando em
uma jornada entorpecida
Para dentro da minha própria
escuridão.
Bem, eu me sinto dessa forma,
Porque eu acredito que não há
uma maneira melhor para me sentir,
Vivendo neste mundo tão cruel,
Eu sei quem eu sou, e a cada
minuto que passa, eu me sinto cada vez pior,
Cada minuto que passa pode
ser tudo que me resta para viver.
Sim, a vida lá fora
faz você se sentir como um lixo humano,
E todo bem que alguém
aparentemente seja capaz
De fazer apenas para fazer você se sentir bem,
Desaparece diante dos seus
olhos como um flash,
Simplesmente porque não há
nenhuma vantagem no final,
Oh, não, você nunca, nunca terá uma
chance real para vencer,
E ninguém nunca irá te entender,
Então, é exatamente assim que
eu tenho que me sentir,
Para todas as perguntas que
esperam por uma resposta diferente…
Virando as costas para as
advertências,
Quebrando as regras e pisando
nas circunstâncias,
Jogando-me na confusão de
toda e qualquer consequência,
(Olhos de cocaína em
evidência novamente)
Rompendo com toda forma de
silêncio,
Passando por um túnel em
fuga,
Indo direto para um maldito
funil,
Desembocando fora da minha
concha protetora todo o meu inferno,
Oh, meu Senhor!
Hoje, e o tempo que durar, e mesmo
perdido,
Eu apenas quero continuar
tentando
Sobreviver às encruzilhadas da vida do meu jeito…
Outro dia quebrando o
silêncio,
Outra noite com os olhos
compridos,
Outra dose de abstinência,
Outro furo na minha veia,
E outra vez… embarcando em uma
jornada entorpecida
Para dentro da minha própria
escuridão.
De autoria de Elvis Alexandre Guedes!
Comentários
Postar um comentário