EU NÃO PRECISO DE NENHUM TIPO DE AJUDA

Eu sou uma alma solitária e desamparada,
E caçado por mãos que não se importam mais,
Eu sigo sempre perdido em alguma estrada para o norte,
E entre uma cidade e outra,
Eu habito entre as sombras e esquinas,
A espreita atrás de algum poste, em silêncio,
Sentindo o eminente perigo crescer, crescer…
O mal está crescendo na escuridão da madrugada
E em qualquer parte mundo afora,
Mas estão está chegando tão perto, do outro lado da faixa,
Tão voraz e traiçoeiro no rastro dos meus passos
Tentando me encontrar, tentando me nocautear.

Eu estou tão longe de casa,
Longe dos meus amigos e de minha amada mãe,
A mais tempo do que eu consigo me lembrar,
E entre tantas tentativas em vão,
Nada mais pode ser feito,
Sim, eu já tentei pegar a estrada para o céu,
Mas é como se eu estivesse apenas andando em círculos,
Porque eu sempre acabo caindo no mesmo inferno,
Mmmm… São tantas estradas desconhecidas,
E tanto medo se espalhando sobre o mesmo chão duro e frio,
Oh meu Senhor, é tão estranho e assustador viver fora da concha,
Tudo está tão fora de controle agora.

No livro do destino errante, todas as páginas são meus dias,
E em silêncio eu devo sentir toda dor,
Enquanto, gradualmente, se misturando a chuva,
O meu olhar entristecido assisti envelhecer rapidamente,
Toda a minha esperança,
Então do que eu devo me orgulhar?
Eu me tornei um homem sem face,
Um vagabundo em desgraça e um fora da lei,
Marcado para sempre a ferro quente pela dura vida,
E desde então, em meu coração eu carrego vergonha e ódio,
Frustrações e emoções despedaçadas,
Falta de ternura e sentimentos negativos,
Ah, há horas em que eu me sinto tão possesso,
E a momentos que eu me sinto usado e depois descartado...
Parece que nada faz o menor sentido, nada mais vale a pena agora.

Minha mente vaga na procura do que eu sinto e preciso em minha vida,
E em viagem para o fim da noite, novamente,
Em algum lugar que eu nunca estive antes,
Em algum posto de gasolina a beira da estrada,
Dentro de algum banheiro público,
Eu ouvi certas coisas de homens ingênuos
Sobre certas vantagens que você passa a ter 
Quando se acredita na família e no amor,
E olhando em meus olhos através do espelho,
Estava claro para mim, eu ainda estava preso à fúria do meu olhar,
E eu jamais poderia me libertar,
E naquele momento, dentro daquele espaço apertado,
Todo o mal que eu podia desencadear estava prestes a explodir,
E eu estava apenas contando os minutos, 
E eu estava apenas contando os segundos…
Para fazê-los sangrar, para fazê-los sofrer, para fazê-los rastejar,
Para fazê-los se desesperarem, para fazê-los gritarem 
E se arrependerem de terem nascido…
Eu não quero ser como esses malditos abutres,

Eu não preciso de nenhum tipo de ajuda,
Eu não quero o tempo de ninguém,
Eu não preciso de nenhuma catedral,
E, eu não, não quero ninguém ao meu lado,
Porque este inferno só pode ser meu e de mais ninguém.
Eu não preciso de nenhum tipo de ajuda,
Eu não quero o tempo de ninguém,
Eu não preciso de nenhuma catedral,
E, eu não, não quero ninguém ao meu lado,
Não importa qualquer coisa que alguém já tenho feito,
Simplesmente, eu tenho que passar por essa fase sozinho.

(Repete Refrão)


 De autoria de Elvis Alexandre Guedes!

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