FÉ
Durante muito tempo
Tempestades selvagens devastaram tudo por aqui,
Planos e sonhos para uma
terra agrícola
Desapareceram com a fúria da natureza.
Toda a vida na superfície
segue esfomeada e desesperada,
E os dias agora estão ficando cada
vez mais difíceis de viver.
Meu jardim quase sem forças
para respirar luta para sobreviver,
As poucas rosas escarlates que restaram
Sangram sob um céu pálido e sem emoção,
E as frágeis pétalas
carregadas pelo vento
Se espalharam pela grama em ruínas
Deixando apenas uma ampla e
angustiante visão fúnebre
A estender-se por milhas e milhas de
distância.
Sim, o peculiar cheiro da
destruição no ar
Não deixa nenhuma dúvida;
O amanhã será pior do que
ontem
E o futuro será apenas uma
palavra mencionada
Sem qualquer esperança.
Solo
Mas eu ficarei no mesmo lugar
Olhando meu jardim sucumbir até o fim,
Porque se houvesse algo que
eu pudesse fazer,
Certamente o faria sem hesitação.
E mesmo estando sozinho,
Eu ainda tenho minhas memórias para me acompanhar,
Sim, um passado distante de
glória e beleza
Sempre me fará lembrar
Da confortável sensação de
esperança
Que todas as rosas costumavam exalar.
Portanto, minhas lágrimas não
serão contidas,
Não, não deixarei o medo afugentar
minha coragem,
Simplesmente, eu deixarei cada
gota rolar pelo meu rosto
E tocar a terra debaixo dos
meus pés,
Porque apesar de tudo, apesar
de tempos ruins,
Eu acredito que, em algum
momento,
Quando o solo fértil
novamente se mostrar,
A minha fé, ao invés de enfraquecer
ainda mais cálida se tornará.
Solo
Repete o segundo verso duas
vezes.
De autoria de Elvis Alexandre Guedes!
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