MEU SENHOR

Eu ainda olho para dentro do espelho da minha alma,

Na tardia esperança de ver através do meu próprio reflexo 

Algum progresso adiante

Surgindo bem lá no fundo do meu coração inquieto e perdido,

E se espalhando na minha ânsia por um futuro melhor 

Reluzindo no horizonte de meus desejos e necessidades.

Eu espero o tempo passar ironicamente 

Zombando de minhas atitudes frustradas,

Enquanto a minha tolerância é sempre testada ao extremo,

Enquanto a minha estabilidade emocional 

Segue sempre à margem do caos

De tudo o que eu sinto e vivo.

Ah eu sou uma pessoa espiritualmente confusa 

E quase ausente de toda forma de contato,

Apenas esperando dia e noite uma resposta do céu,

Apenas tentando sobreviver 

Aos males que me derrubam constantemente,

Apenas e por enquanto, esperando sem nada saber,

Mas, entretanto, para a minha surpresa,

A paciência tem deixado de pertencer ao meu pequeno 

E falido pacote de boas virtudes.

Ah eu estou tão sozinho, tão sozinho, tão sozinho 

E desprovido de tudo,

Ah eu estou tão sozinho, tão sozinho, tão sozinho…

Usando minhas falhas e pecados como travesseiro

E todos os meus arrependimentos como uma cama,

Ah esta é a minha única e púnica realidade,

Sim, neste leito minhas lágrimas rolam pelo meu rosto entristecido,

E neste leito não há espumas apenas espinhos para o meu martírio,

E minha consciência não descansa em paz… 

Não há nenhum tipo de conforto neste lugar,

Porque este lugar, este maldito lugar é meu eterno tormento.

Meu, meu, meu Senhor,

Por que as coisas nunca se encaixam?

Por que é tão difícil acertar enquanto errar é tão fácil?

Por que eu estou passando por tudo isso?

Meu, meu, meu Senhor,

Por que as coisas nunca se encaixam?

Por que é tão difícil acertar enquanto errar é tão fácil?

Por que eu tenho que passar por tudo isso?

Então, depois de horas e horas meus joelhos dobram 

E minha cabeça toca o chão frio e sujo,

E enquanto o silêncio enlouquecedor lentamente 

Penetra as paredes pelas rachaduras

Envolvendo cada centímetro do espaço ao meu redor;

Eu me preocupo com a escuridão que o amanhã está trazendo,

Eu me retraio por sentir profundamente 
Uma energia pesada crescendo dentro de mim

E por puxar meu resto de fé e esperança cada vez mais para baixo

Até que nada neste mundo consiga resgatá-los para a superfície.

Assim eu me entrego ao desespero

E não fico mais do que dois furos na veia 

Longe de tirar minha própria vida.

Meu, meu, meu Senhor,

Por que as coisas nunca se encaixam?

Por que é tão difícil acertar enquanto errar é tão fácil?

Porque eu estou passando por tudo isso?

Meu, meu, meu Senhor,

Por que as coisas nunca se encaixam?

Por que é tão difícil acertar enquanto errar é tão fácil?

Por que eu tenho que passar por tudo isso?

Ah eu estou tão sozinho, tão sozinho, tão sozinho 

E desprovido de tudo,

Ah eu estou tão sozinho, tão sozinho, tão sozinho…

Usando minhas falhas e pecados como travesseiro

E todos os meus arrependimentos como uma cama,

Ah esta é minha única e púnica realidade,

Sim, neste leito minhas lágrimas rolam pelo meu rosto entristecido,

E não há espumas apenas espinhos para o meu martírio,

E minha consciência não descansa em paz… 

Não há nenhum tipo de conforto neste lugar,

Porque este lugar, este maldito lugar é meu eterno tormento.

Meu, meu, meu Senhor,

Por que as coisas nunca se encaixam?

Por que é tão difícil acertar enquanto errar é tão fácil?

Porque eu estou passando por tudo isto?

Meu, meu, meu Senhor,

Por que as coisas nunca se encaixam?

Por que é tão difícil acertar enquanto errar é tão fácil?

Por que eu tenho que passar por tudo isso?

Meu, meu, meu Senhor…

De autoria de Elvis Alexandre Guedes!