ERA UMA VEZ UM SONHO
À medida que vivemos, caímos
e somos pisoteados
Pelo mundo sem misericórdia.
À medida que vivemos, ficamos
mais preocupados
Em acumular do que em compartilhar.
À medida que recuamos
abatidos,
Descrentes de toda e qualquer mudança possível,
Aqui ficamos envoltos pela
sensação de estar indo,
Mas sem nunca sair do lugar,
E isto é realmente incrível.
À medida que vivemos, somos
batizados o tempo todo
Pela miséria e a decadência será a única
herança
Que deixaremos para a próxima geração.
Meus irmãos e irmãs como
devemos chamar
O que estamos fazendo?
À medida que vivemos, vivemos
no limite da tolerância,
Esperando sempre pelo pior e
quando acontece
Passamos metade do tempo
tentando nos recuperar,
Procurando alguma nova
desculpa para nos agarrarmos de novo.
À medida que vivemos,
acreditamos que alguém irá aparecer
Para nos ajudar a superar
Dias difíceis e complicados
como estes,
E então, é neste exato
instante, quando percebemos de fato
Que cada vez mais pessoas
boas
Estão se tornando um achado
raro.
Meus amigos e amigas quando
resolveremos essa situação?
A verdade está no coração de
cada um.
Precisamos prestar mais
atenção,
As pessoas estão loucas e infelizes
e os tempos estão estranhos,
Mas ainda existem pessoas boas
nas vidas de outras,
Só precisamos esperar a
virada do século para cumprimentá-las.
É exatamente assim em
condições adversas,
É neste velho mundo banhado
pela febre capitalista,
Delírios constantes e
apetites destrutivos
Que as pessoas se esquecem
Facilmente da palavra do
Santo Salvador,
E se entregam completamente
ao nada sem hesitar.
Bem, durante minhas andanças
por aqui e por toda parte,
Eu realmente testemunhei
algumas pessoas
Ao invés de simplesmente se
ajoelharem e rezarem,
Preferirem contar com a velha
sorte,
Acreditando que estavam
realmente no controle da situação,
Mas o azar se aliou com a
senhora esperteza
E agora estas pessoas dormem
e acordam
Com uma gigantesca dor de cabeça,
Assistindo aos dias passarem
cegos e surdos,
Mudos e sem futuro a margem
de tempos melhores.
E alguma destas almas antes
abençoadas pelo sucesso,
E sempre bem vestidas pela
falta de humildade
E caminhando rumo ao sol,
Agora sentem a queda rompendo
Os limites da superfície diretamente para a escuridão,
Os limites da superfície diretamente para a escuridão,
Agora fracassos e perdas
fazem parte do que elas se tornaram
E elas não sabem mais o que
fazer
E nem a quem recorrer.
E nem a quem recorrer.
É bastante desesperador
Quando se está por conta própria
Quando se está por conta própria
Vagando á esmo
Pelas ruas de cidades
perigosamente convidativas…
Tão vazio de esperança,
desejos e planos,
Apenas tentando de alguma
maneira
Sobreviver a mais um dia.
No entanto jamais devemos
esquecer,
Devemos pensar, devemos
questionar
E sobre tudo sempre suspeitar
Daquele que detém o poder P
ara abolir ou causar mais problemas…
Porque nós somos as vítimas
de quem governa sem lucidez,
Vivendo e passando por tudo sem nunca saber
Quando ventos de mudanças sopraram
na direção certa.
Não, não, não é nada fácil
viver dessa maneira…
Viver em um país falido de
todo tipo de estrutura
Realmente não deixa muitas
escolhas na prateleira da vida
E para as pessoas que já perderam tudo o que
tinham,
Infelizmente tudo que lhe restam
é uma vaga ao relento
Ao lado de tantos e tantos
desprivilegiados
Esmolando pelas esquinas aqui
e mundo afora.
Era uma vez um sonho,
Era uma vez um sonho,
Era uma vez um sonho,
Dentro do sonho de um
sonhador
Um mundo onde um é igual a um a dividir por todos.
Era uma vez um sonho,
Era uma vez um sonho,
Era uma vez um sonho,
Mesmo durando tão pouco,
Os anos passaram e aqueles
que roubaram o povo
Não estavam mais por cima de tudo e de todos,
Agora a justiça e a miséria
julgavam e condenavam
Cada nobre senhor engravato
Querendo saber como é a
sensação de viver
Tendo que catar cada pedaço
furtado e apodrecido
Da vida farta e perfeita que levavam
no passado.
Era uma vez um sonho,
Era uma vez um sonho,
Era uma vez um sonho
Que se transformou em um
pesadelo terrível
Para todos aqueles que trapacearam
Sem nunca se importar com
coisa alguma
A não ser ultrapassar o limite da ganancia.
Cavando cada vez mais fundo
E acumulando tudo o que encontravam,
Escondendo-se sempre por trás
das mentiras
Para não ter que compartilhar
com a classe menos favorecida,
Guardando tudo em lugares
altamente secretos
Onde somente os corrompidos conheciam.
Era uma vez um sonho,
Era uma vez um sonho,
Era uma vez um sonho, um
sonho real
Onde a sorte brincava com os
necessitados
E sorria para os malditos sacanas,
Porque era tudo uma questão
de abrir os olhos
E lá estavam eles de volta
para a realidade paradisíaca,
Completamente entrelaçados ao
próprio umbigo novamente.
De autoria de Elvis Alexandre Guedes!
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