O VIOLONISTA
Ele é apenas um violonista
quase surdo vagando pelo mundo,
Tentando de alguma maneira se
encaixar de novo em algum lugar.
Ele é apenas um homem velho
E cansado que nunca soube a hora certa pra parar de sonhar.
Ele pertencia às multidões,
As luzes de todas as cidades sempre lhe davam as boas vindas,
Mas ele carrega mágoas e
arrependimentos no coração
Porque agora ele tem estado
sozinho
E iludido há muito tempo
E sem ninguém para ampará-lo,
Ele vive um dia após o outro…
Passando por momentos confusos
e complicados,
E esperando a morte chegar.
Ele é apenas um violonista
preso ao passado,
Tentando esquecer-se de todas
as formas de cada lembrança
Ainda viva dentro de sua
mente conturbada
Para quem sabe viver dias
melhores como antes.
Ele é apenas um homem velho e
cansado
Lutando o tempo todo
Para afastar toda tristeza e
toda dor
Causada pela longa ausência de um sorriso iluminado.
Entretanto, apesar de tudo,
por alguma razão,
Ele ainda tenta sentir a magia daquele instante,
Tentando segurar nas mãos
O olhar atento durante a performance,
Mas ele já deveria saber
Como
as folhas secas de outono
Cada movimento irá desaparecer com o passar dos anos.
E ele sempre faz as contas,
planeja cada passo,
Há algo dentro dele que não o
deixa desistir,
E que também não o deixa ver
que o tempo, o tempo já passou,
Mas ele acredita que este
seja o único jeito de mudar as coisas,
De deixar a sua marca antes
do último adeus.
Bem, a maré está muito alta e
os ventos fortes demais…
Velhos sentimentos nunca mais
serão os mesmos…
Na verdade tudo agora soa tão
estranho.
Talvez ele devesse se dar
algum tempo para pensar
Sobre a vida de uma forma diferente,
Talvez não seja para ser,
Cada um tem a sua história escrita
Em detalhes no livro dos dias,
Então tudo o que ele precisa
fazer é entender
De uma vez por todas que acabou…
Porque quando a melodia
parece distante
Ao redor só há silêncio,
Porque quando cada nota deixa
de fazer sentido
O caminho está perdido,
Porque se não há outra
verdade,
Então realmente não há mais nada que ele possa fazer.
De autoria de Elvis Alexandre Guedes!
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