IRMÃO

Irmão, você acha que algum dia essas palavras serão assimiladas?
Irmão, você acha que essa voz protestante será ouvida 
Através dos tempos?
Irmão, o quão perto ou longe este sentimento de mudança estará
Entre aqueles que procuram andar pelo caminho da verdade?
Irmão, você acha que ainda restará alguma luz na escuridão
Depois que tudo estiver consumado?

Irmão me dê a sua mão em dias como estes,
E me ajude a ficar de pé quando mais ninguém consegue.
Irmão, não me abandone a própria sorte como todos fizeram.
Irmão, você está em meu sangue como vinho sagrado,
Então me consuma profundamente e se embriague de lucidez.
Irmão, onde está toda sensatez que este velho mundo semimorto Precisa sentir?

Será que nós não aprendemos nada com a destruição 
Que causamos até aqui?
Quantas mais serão necessárias até que nada mais reste?
Será que nada do que foi dito e feito antes e depois
Fará alguma diferença no futuro?
Será que os ventos de mudança se foram para todo o sempre?
Por que as pessoas constroem barreiras 
Ao invés de se manterem sintonizadas
Através do amor mútuo?

Meu irmão, meu amigo,
Somos feitos da mesma carne, os mesmos ossos nos sustentam
E aparentemente poderíamos ser iguais de alma,
Se não ficássemos tão estranhos perseguindo uns aos outros Durante os anos que passam,
Desperdiçando todos os preciosos segundos da vida 
O bem maior que se tem por nada.
Meu irmão, meu amigo,
Está na hora de levantar a cabeça e lutar por justiça.
Agarrar-se a esta nobre missão com fervor,
Igualar as coisas a nosso favor,
Afugentar o medo e a mentira,
A falta de esperança e a dor de nossas perdas para bem longe,
Porque tudo que matamos, no final, acaba nos matando primeiro,
E sim, somos feito de carne e sentimos muito,
Mas em tempos de crises temos que viver 
Como se fôssemos de ferro,
Sem deixar de sermos humanos civilizados,
Se realmente quisermos sobreviver a tudo isto ilesos.

Irmão, você acha que as guerras mundo afora 
Algum dia irão sessar?
Irmão, você acha que chegará o momento 
Em que não precisaremos mais
Nos preocupar com o sangue verde derramado?
Irmão, você acha que somos capazes de beber 
Da mesma água no mesmo copo
Sem se importar com a cor da pele?
Irmão, você acha que ainda haverá um mundo
Para todas as almas viventes abaixo do céu?

Irmão, você acha que a igualdade e a liberdade 
Deixarão de ser um desejo oprimido
E se tornarão uma realidade constante?
Irmão, você acha que o ar que respiramos resistirá
A nossa crescente e exagerada necessidade de expansão industrial?
Irmão, você acha que a fome e a miséria 
Semeada pelo próprio homem na terra
Ocupará um lugar de destaque na consciência 
Daqueles que governam?
Irmão, você acha que é possível apesar de tudo, 
Manter o respeito uns aos outros?

Meu irmão, meu amigo,
Somos feitos da mesma carne, os mesmos ossos nos sustentam
E aparentemente poderíamos ser iguais de alma,
Se não ficássemos tão estranhos perseguindo uns aos outros Durante os anos que passam,
Desperdiçando todos os preciosos segundos da vida 
O bem maior que se tem por nada.
Meu irmão, meu amigo,
Está na hora de levantar a cabeça e lutar por justiça.
Agarrar-se a esta nobre missão com fervor,
Igualar as coisas a nosso favor,
Afugentar o medo e a mentira,
A falta de esperança e a dor de nossas perdas para bem longe,
Porque tudo que matamos, no final, 
Acaba nos matando também,
E sim, somos feito de carne e sentimos muito,
E em tempos de crises temos que viver 
Como se fôssemos de ferro,
Mas sem deixar de sermos humanos civilizados,
Se realmente quisermos sobreviver a tudo isto ilesos.

Irmão, você acha que devemos ingerir sem questionar 
A igreja que seguimos
Ou amar a Deus e ao próximo é o suficiente?


De autoria de Elvis Alexandre Guedes!

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