EU SOU O QUE SOU
Eu sou filho de Jesus Cristo,
Mas cocaína é o meu único
vício
E alívio neste mundo enlouquecido.
Eu sou mestre e discípulo em
tantas etapas da vida
E, apesar de pontos de vista
diferentes, só há um objetivo.
Eu sou um indivíduo comum sem religião e sem
política
Ou um santo martírio,
Exalando o cheiro podre da
morte
E misturando-se ao sabor do vinho,
Um doce prazer antigo contido
nas palavras
Do inimigo ao descrever o destino.
Eu sou um peregrino com os
sapatos sempre bem calçados
E que sabe bem para aonde
vai,
Mas eu sou um curandeiro sem
cura e sem milagres para realizar.
Eu sou um estrangeiro em
terras estrangeiras,
Tentando passar despercebido
entre as torres de vigilância,
Agindo com cautela para não
cair nas armadilhas ao redor.
Eu sou um herói renascido das cinzas,
Uma alma cansada de carregar
a cruz do mundo sobre os ombros,
Então eu preciso de sexo para
relaxar,
Eu, eu sou feito de carne e
osso,
Mas ás vezes eu tenho que
sangrar
Para não esquecer quem eu sou
E saber que eu ainda estou respirando.
Eu sou o ouvinte e já ouvi
mil e um ritmos,
Entretanto eu sou um tipo de harmonia
Que não se parece com coisa
alguma...
E, todavia, eu curto mesmo os
velhos tempos
De rock 'n' roll high
school
Em sua extensa linha de
inocência e suicídio.
Eu sou um demônio faminto e trágico-cômico,
Mas eu não posso sobreviver
nas ruas sem amor e glória.
Eu sou o espelho embaçado,
uma visão curta e confusa
Sem muito para mostrar, meus
olhos enfurecidos na dor
Saem à noite para caçar a vida
E devorá-la por completo sem
misericórdia.
Eu sou um tipo de pecado
aveludado e convidativo,
Uma benção revelada, mas
nunca alcançada por ninguém.
Então ás vezes eu preciso esvaziar
666 garrafas de whisky
Para não esquecer quem eu sou
E saber que eu ainda estou respirando.
Eu sou a natureza nua e
violentada,
Um pacto quebrado,
Chorando com uma coroa de
espinhos imaginaria na cabeça,
Espalhando mentiras e ilusão.
Eu sou as moedas de ouro e
prata nas entranhas
Do vagabundo genocida,
Apodrecendo com a corda no
pescoço...
Com os olhos agitados em meio
à multidão
E acumulando os segundos restantes,
Mas esperando em vão por
salvação.
Agora nada mais me importa,
Nada mais me importa,
Não há uma razão certa para
as coisas serem do jeito que são,
Não aqui, e do jeito que eu
vivo.
Agora nada mais me importa,
Nada mais me importa,
Não há uma razão certa para
as coisas serem do jeito que são,
Não aqui, e do jeito que eu
vivo.
Quando a vida nunca é o que
se espera,
Nem mesmo um pouco normal,
Apenas endurecida e perversa,
Enquanto está fora de contato,
Um momento estático e congelado,
Tão longe da perfeição,
Não há verdades ou transcendências,
Nem mesmo um pouco normal,
Apenas endurecida e perversa,
Enquanto está fora de contato,
Um momento estático e congelado,
Tão longe da perfeição,
Não há verdades ou transcendências,
No momento da criação ao
renascimento,
Através de sete dias, sete
velas e sete vidas,
Caiu em tentação a intenção
E sobre a humanidade foi lançada a maldição.
Então, eu ainda devo acreditar na engrenagem
Então, eu ainda devo acreditar na engrenagem
Enferrujada de uma crença que
envenena e mata para sobreviver,
E no propósito da fé depois
de tudo?
Sim, certamente eu estou
perdido
Nas charadas do homem moderno,
Mas eu entendo as parábolas
da bíblia.
Porém agora nada mais me
importa,
Nada mais me importa,
Não há uma razão certa para
as coisas serem do jeito que são,
Não aqui, e do jeito que eu
vivo.
Agora nada mais me importa,
Nada mais me importa,
Não há uma razão certa para
as coisas serem do jeito que são,
Não aqui, e do jeito que eu
vivo,
Mas eu ainda sou o que sou e
o que você é?
De autoria de Elvis Alexandre Guedes!
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