RIOS DA VIDA
Os meus rios de vida secaram,
E nada mais as minhas lágrimas derramam.
Meu sorriso escureceu-se aos meus olhos...
Meus gritos se calam, ao meu silencio.
Meus dias meu maior tédio,
Morto, meu peito inconstante,
E no mais súbito instante
A falta do folego me sufoca,
Me mata, me fere... Envolve-me completamente!
Gotas rubras pingam em minhas feridas,
Sem cores, sem dor, sem vidas...
As almas do meu amanhecer de treva.
As sombras nas folhas secas,
O soprar do vento,
A chuva entristecida,
Uma existência já esquecida
No vago espaço do tempo.
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