DIAS MORTOS
DIAS MORTOS
Dias...
De chuva e frio.
Dias...
Desolados e perdidos.
Dias...
Trágicos e loucos.
Dias...
Entre paredes sórdidas e sufocantes...
Dias...
Sem nenhum amor próprio,
Sem sonhos pra viver,
Sem conforto
E tão solitários para suportar sem ajuda.
Dias...
Durante dias...
Passando lentamente
Na ponta de uma navalha...
Eu vejo,
Novas feridas encontrando-se com velhas cicatrizes,
Gerando uma dor perfeita e quase infinita.
Dias...
De lembranças mordazes
E lágrimas.
Dias...
E dias de medo,
Dúvidas e desespero.
Esses dias,
São dias
Em que a vida se transforma numa paralisia constante,
E, então, as coisas saem do controle rapidamente,
Deixando-me sem saber o que fazer.
Dias...
Antes e depois,
Ainda são os mesmos
Em cada detalhe mórbido,
Hoje em dia,
Nada mais é puro, além deste momento único e púnico.
Dia
Após dia...
Eu olho no espelho e odeio o rosto que me olha de volta,
Porque isso me faz sentir como uma promessa quebrada em mil pedaços.
Dias,
Durante dias,
Procurando respostas,
Por que isso está acontecendo comigo?
Às veze você reza uma prece esperando encontrar
Alguma resposta no céu,
Às vezes você perde a fé e o silêncio é tudo que resta,
Mas ás vezes ela pode estar
Na arma que você aponta para a sua cabeça confusa.
Dias...
Dias tão íntimos e estranhos em mim.
Dias...
Dias profundos e sem paciência,
Dias...
Dias sem esperanças e sem mudanças...
Dias...
Sem um abraço,
Sem um toque humano,
Dias...
Sem um amigo de verdade,
Sem nenhuma emoção, apenas escuridão,
Dias...
Que eu não quero ser eu mesmo,
E hoje em dia,
Não há mais nada
No que se apoiar.
Dias assim,
Dias sem amor
E sem esperanças são como rosas murchas.
Dias, só dias,
Dias mais próximo do nada,
Apenas dias mortos.
Apenas dias mortos,
Apenas dias mortos,
Oh, apenas dias mortos,
Vivendo...
Dias mortos,
Aqui e em toda parte.
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